Estes azulejos, recuperados e restaurados por altura da Expo 98, foram produzidos por Jean- Baptiste Oudry no século XVIII, e traduzem a filosofia vigente na época. Foram feitos na Real Fábrica do Rato, onde hoje se almoça ou toma um café!
A exposição é um pequeno percurso pelos 38 painéis, repletos de metáforas e analogias.
É interessantes ver como estas estórias com 200 e muitos anos, resgatadas de Esopo (século VI a. C.) e do romano Fedro (século I d. C.), permanecem tão actuais e de uma pertinência irrepreensível.
Estórias cujo significado se vai revelando à medida que o tempo passa...
(A Raposa e o Bode)
A visita a estes painéis é um bom pretexto para vaguear sem horas marcadas por aquelas colinas da cidade, e por alguns lugares da infância, onde ainda se tinha tempo para ouvir histórias...
E subir ao terraço do mosteiro para apreciar uma vista diferente da cidade...
4 comentários:
Já vi esses azulejos para aí há uns 8 anos. São fantásticos mas na altura tive alguma dificuldade em reconhecer as fábulas. Provavelmente grassava o meu desconhecimento da obra de La Fontaine... Um ponto a ter em atenção... E embora tenha gostado muito da visita, lembro-me de ter resmungado por ter que pagar a um domingo de manhã (o museu é diocesano e não municipal)...
Agora estão bem enquadrados com notas introdutórias que explicam o contexto da época, e têm o resumo das fábulas. Eu fui lá durante a semana, à hora de almoço e lá deixei o meu contributo...nem tudo são rosas nestas lides...
Esse não conheço, mas isto fez-me lembrar um painel bem curioso que está no Museu do Azulejo chamado "O Casamento da Galinha" - http://diasquevoam.blogspot.com/2007/01/o-casamento-da-galinha.html
A ver se um dia destes passo vistoria ao convento de São Vicente de Fora.
Sim, sim, conheço. Vi no ano passado quando fui lá conhecer o museu e assistir a um concerto de jazz no jardim. Curioso constatar que na altura utilizavam esta técnica para fazer alguma sátira social. Já viste o que seria se fizéssemos o mesmo???
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