Bom Ano!

Se 2009 começou BRANCO nas neves da Sanábria, o início de 2010 será VERDE, em plena selva amazónica.

Virei com muitas histórias e desenhos, que conto espelharem o arrancar de um 2010 que se quer VERDE! Em todos os sentidos!

Um Bom 2010!

Brrrrrrrrr......

Agora que o frio nos traz para dentro de casa, nada como fugir ao reboliço colorido da quadra natalícia, e descobrir um outro "tempo" no (pouco) tempo que temos.

Estrela-do-Natal

Poinsettia a ecoline

Como não tem havido muito "tempo" para pensar em decorações de Natal, este ano a tradicional árvore vai ser um bocadinho diferente, mas muito mais natural!!

Consta que a poinsettia (Euphorbia pulcherrima), arbusto que pode atingir grandes dimensões, faz parte do imaginário natalício devido a uma lenda mexicana.

A lenda conta o episódio da oferta de um ramo de poinsettias que floriu invulgarmente, enchendo uma igreja de tons vermelhos brilhantes.

Em minha casa também estão a florir abundantemente - a contar pelo número crescente de vasos que vão surgindo -, e que no dia 24 seguirão para casa dos amigos!!! :-)

Luisinha #2

É difícil desenhar recém-nascidos!! Mesmo que sejam adoráveis e óptimos modelos, muito cooperantes (apanhados a dormir)!

Luisinha com 5 dias

Era uma vez...

... e o presente aguardado chegou!

Já nasceu a minha sobrinha Luísa. É tão liiiiiiiiiiinda!

Este ano o presépio é ao vivo e a cores!

Lírio-do-Gerês

Nada como um dia em casa com febre para actualizar os desenhos do blog.

Se Maomé não vai à montanha...

Ervas para todos os fins...

Uma ida ao Jardim Botânico da Ajuda e uma aula sobre jardinagem e sobre plantas aromáticas e medicinais.

Vou fazer da minha micro-varanda uma floresta tropical!

Já tive as primeiras lições!

Pela Mata dos Medos

Findo o Verão, retomam-se as rotinas, e por consequência, as caminhadas domingueiras.

Esta teve início na Praia do Rei e estendeu-se pela Mata dos Medos

(= dunas) ou Pinhal do Rei, na Arriba Fóssil da Costa da Caparica.

Esta mata frondosa e nada assustadora (pelo menos, durante o dia) foi mandada plantar por D. João V, para travar o avanço das dunas.

Consta que na altura, o mar chegava até às falésias, e que a areia do terreno agora ali existente foi trazida pelas águas do maremoto de 1775. (- dicas do nosso guia que não nos quer (tão) ignorantes!..:-D)

O caminho fez-se por entre zimbros, pinheiros mansos, medronheiros e carrascos, e falésias velhinhas - com 10 milhões de anos! - que deu gosto explorar.

O dia esteve bonito para nos receber, e foi uma excelente oportunidade para encher os pulmões de ar puro e carregar baterias.

Cardo colhido no Verão

Cirsium vulgare

What else?

"It is in order to really see, to see ever deeper, ever more intensely, hence to be fully aware and alive, that I draw what the Chinese call "The Ten Thousand Things" around me.

Drawing is the discipline by which I constantly rediscover the world.

I have learned that what I have not drawn, I have never really seen, and that when I start drawing an ordinary thing, I realize how extraordinary it is, sheer miracle"

Frederick Franck

The Zen of Seeing

Passeios a cores

Já a anunciar o Outono que parece chegar muito timidamente, os passeios e actividades outdoor voltam a inundar a agenda e a fazer concorrência aos projectos das tintas e pincéis.

Tá quase!

Barriga-fermento

Está quase!

A minha irmã carrega à 7 meses um presente cada vez MAIOR!

Desenhos domingueiros

Nos últimos tempos, tenho reservado um bocadinho do fim-de-semana para desenhar. Seja árvores ou pessoas, ambientes ou animais, mas desenhar.

Desta vez aderi à saída do Colectivo Diários Gráficos, e fomos desenhar para a Avenida da Liberdade. A tarde passou a correr. Apesar de algumas ausências, foi muito interessante conhecer as caras por detrás dos desenhos que reconhecemos e admiramos, e ver a diversidade de estilos e registos.

A cidade ao fim-de-semana é diferente, veste-se de outras pessoas, outras vidas...

A repetir!

On-Off

Ilustração científica versus ilustração infantil - as duas áreas em que trabalho.

São exercícios diferentes de observação e criatividade, bastante distintos e por vezes opostos.

Um tem por fim o rigor máximo do que está a ser observado e que se pretende mostrar, procurando um olhar objectivo e pragmático.

O outro é um encontro com o mundo interior, em que a realidade é mostrada pelos olhos da subjectividade. Aqui podem entrar (se fizer sentido) os clichés, os exageros, as metáforas, as imagens "entre-linhas"...

São formas diferentes de "ver".

O difícil, por vezes, é a sintonização on-0ff... ainda não descobri o botão!

Felizmente, existem os cadernos de campo ou diários gráficos onde cabe tudo o que nos passa pelos olhos, pela cabeça e pela alma!

Pinheiro-bonsai (?), Arrábida

Mais Ficus

Mais uma Ficus, ou melhor, o tronco de uma Ficus.

Um fds em Mertozónia

Libélula, uma das muitas que andavam por lá. Faltam as cores...

É escusado procurar nos mapas! Não vem. Pelo menos, nos convencionais a que estamos habituados. Mertozónia fica algures entre o centro norte brasileiro e o profundo Alentejo interior. Para chegar a Mertozónia tem de se ser riscador e, portanto, gostar de natureza, de longos passeios no campo, de apanhar bichos e desenhá-los.

Em Mertozónia, anda-se de canoa pelo Guadiana abaixo, fazem-se tangentes aos salgueiros para apanhar romãs, comem-se feijoadas à portuguesa com resquícios árabes, bebem-se caipirinhas tónicas (versão gin tónico) e cantam-se as laudes mais tétricas do reportório popular.

Em Mertozónia, o tempo conta-se até ao Natal!

Pausas de férias

Aqui, parece que o conceito de tempo não existe!

Ainda os desenhos das férias, para relembrar da tranquilidade deste sítio, entre Aljezur e a praia da Arrifana. Muito próximo de ser um local perfeito!

Domingo na preguiça

Jardim do Príncipe Real

Trabalho de casa de fim-de-semana: ler o jornal num sítio bonito, de preferência com música ao vivo e ao ar livre, e trazer o caderno dos desenhos para registar o ambiente.

Folhas soltas...

Breve história da vida de uma Maçã. Faltam alguns momentos...

Ficam os mais vistosos.

Ilustrações a ecoline e lápis de cor para livro biográfico, a história da Sra. D. Maçãs.

Obrigatório!

Nestas férias, o livro que me acompanhou foi o clássico da Betty Edwards, "Drawing on the Right Side of the Brain", que tinha lido (na diagonal) na faculdade. Desta vez, resolvi dedicar-lhe a atenção que merece e propor-me a fazer os exercícios lá aconselhados.

O facto curioso foi encontrar neste livro dos anos 70, os métodos "originais"e "inovadores" ensinados nos vários workshops e ateliers que tenho frequentado. Afinal, está tudo aqui!!!

Recomendo a leitura, que se faz com prazer e a desenhar.

De volta!

De volta à cidade e ao estirador! E ao computador!

E após enfrentar o inbox cujo número de mails saltava para os 3 dígitos (!), nada como um café numa esplanada do Príncipe Real, onde se podem ver algumas das árvores mais bonitas da cidade!

Árvore-da-borracha

Ainda não me aventuro na folhagem! Próxima meta!

Férias!

É para aqui que vou fugir na próxima semana. Com o mar a espreitar ao fundo... 3 km de bicicleta pelo parque natural até à praia! A costa vicentina no seu melhor!

Seguem na mala o chapéu, o fato de banho, o estojo dos pincéis e blocos de vários tamanhos, consoante o tema pedir e a vontade ditar.

O Peixe-Lua

E hoje começo oficialmente as férias!

Celebro com esta ilustração sobre um conto australiano, "O Peixe-Lua", feita para a participação numa exposição em Sármede. Tal como eu, o peixe da história subiu a uma árvore, e não sabendo para onde fugir, ficou preso no céu. Eu fiquei presa no estirador!!

Finalmente, a ilustração seguiu para o correio e eu para férias!!!

Utilizei acrílicos e lápis de cor.

Aventuras em acrílicos...

(Nonna Natale - Avó Natala)

Quando toda a gente está a ir para a praia ou para férias, e os grandes dilemas são entre um banho no mar, passar os olhos pelo jornal ou dormir a sesta, ando à volta de tintas (acrílicos desta vez!) e pincéis, com o tema... Natal! Com algum esforço, confesso, para mergulhar no assunto, que em termos de luz é apenas diametralmente oposto... tal como as respectivas estações!

Tudo se deve à participação numa exposição itinerante em Itália, que começará lá para o outono. O convite veio após a participação no workshop de técnica mista em ilustração infantil de Svjetlan Junaković, em Sarmede, em Itália, em 2007.

Recomendo a experiência para quem trabalha em ilustração infantil. Para além de Sarmede ser uma vila muito bonita que apela ao passeio, os workshops são muitos práticos e proveitosos.

E os mestres de uma qualidade e simpatia fora de série.

Curioso é que por altura do Natal, andarei de fato de banho e a sofrer de calor e das temperaturas dos trópicos!

La Fontaine mesmo aqui ao lado!

Este semana descobri mais um dos tesouros da nossa cidade alfacinha! Rumei à zona Este da cidade, conduzida por uma expert no espólio cultural lisboeta, para ver os azulejos das fábulas de La Fontaine, que se encontram no mosteiro de São Vicente de Fora (de fora: das muralhas da cidade), na Graça.

Estes azulejos, recuperados e restaurados por altura da Expo 98, foram produzidos por Jean- Baptiste Oudry no século XVIII, e traduzem a filosofia vigente na época. Foram feitos na Real Fábrica do Rato, onde hoje se almoça ou toma um café!

A exposição é um pequeno percurso pelos 38 painéis, repletos de metáforas e analogias. 

É interessantes ver como estas estórias com 200 e muitos anos, resgatadas de Esopo (século VI a. C.) e do romano Fedro (século I d. C.), permanecem tão actuais e de uma pertinência irrepreensível. 

Estórias cujo significado se vai revelando à medida que o tempo passa...

(A Raposa e o Bode)

A visita a estes painéis é um bom pretexto para vaguear sem horas marcadas por aquelas colinas da cidade, e por alguns lugares da infância, onde ainda se tinha tempo para ouvir histórias...

E subir ao terraço do mosteiro  para apreciar uma vista diferente da cidade...

Carpa á la carte

Uma ida a um restaurante chinês com um aquário na montra é uma enorme mais valia. Sobretudo, se o tempo de espera for longo, e se tivermos connosco alguns lápis e materiais riscadores.

Pouca-terra, muita terra!

Que dizer de um fim de semana passado a percorrer trilhos abandonados de caminhos de ferros com paisagens deslumbrantes a perder de vista, e passagem por túneis e pontes, que deixam o coração apertado?

Encostas de vinha à beira rio que dão lugar a fragas abruptas, sempre desenhadas pelo rio que se contorce a cada quilómetro.

Pelo caminho, apanham-se as primeiras amoras do ano e as figueiras lançam o seu aroma no ar. As amendoeiras carregadas de fruto vão indicando o caminho, enquanto se estabelece o jogo entre acompanhar a paisagem e controlar as traves de madeira dos carris sob os nossos pés.

O calor que se fez sentir ao longo dos 45 km percorridos (de Fregeneda - Espanha - até Pocinho, passando por Barca D'Alva) levou o grupo a boicotar o programa estabelecido e a improvisar 2 revigorantes banhos no rio, para alguma perplexidade do guia, que lá nos acompanhou satisfeito!

(Partida de Pocinho)

(Entre Pocinho e Barca D'Alva)

(Algures entre Fregeneda e a estação de Almendra)

A caçada fotográfica aos morcegos e grifos que nos sobrevoaram e ainda a travessia das pontes desdentadas tornaram o fds memorável e trouxeram ao de cimo o Indiana Jones de cada caminheiro participante!

(Algures entre Fregeneda e a estação de Almendra)

Entre La Fregeneda e Barca d'Alva estabelecem-se 17 km de linha, desactivada em 1985, que inclui cerca de 20 túneis e 13 pontes.

Esta magnifica obra de engenharia foi inaugurada em 1887, sendo construída em Espanha, mas planeada e executada por Portugal. A linha prolongava-se até La Fuente de San Esteban, numa extensão total de 77 Km, permitindo que as mercadorias provenientes de Espanha pudessem ser escoadas por mar, pela cidade do Porto.

Outros voos

Seguindo as dicas de um mestre desenhadeiro que aconselha 15 minutos por dia num jardim (qualquer), de preferência com pássaros (mas qual é o jardim que não tem pássaros??) para manter a mão rabiscante activa, o espírito limpo e a cabeça no lugar, rumei para os m2 mais verdes próximos de casa, na esperança de apanhar distraída a fauna e flora local.

Na medida em que a morfologia das aves passa por mim demasiado depressa para fazer um registo decente, fiquei-me por outros modelos que por lá também passeavam ou passavam as suas horas.

Muito diferente do que estava à espera de captar, mas sem dúvida, igualmente interessante!!

Outros voos, outras histórias...

A continuar...

Opuntia

(Ficus india)

Mais uma opuntia desenhada/pintada, desta vez sem flor, avistada no terraço da vizinha.

Viver é desenhar sem borracha!

Hoje tive o prazer de conhecer uma das figuras míticas do nosso panorama artístico.

Conheci a pessoa que ilustrou alguns dos meus livros de infância e que por isso enriqueceu o meu imaginário e tornou os meus dias de criança mais coloridos.

Uma senhora de 95 anos que mantém um sorriso maroto de criança, mas igualmente tímido e acolhedor, recebeu-nos entre livros e uma secretária, onde ainda se encontram lápis e pincéis e folhas de papel em branco.

E onde uma lapiseira ainda se atreve a sair do pote, para ensaiar uma dança num espaço vazio.

Vi uma lupa, cadernos, régua, mas curiosamente não vi nenhuma borracha.

Talvez por nesta fase da vida ter-se a sabedoria suficiente para saber que todos os traços são necessários e fazem sentido.

(Maria Keil)

Eles andam aí...

Uma pequena amostra do que andei a fazer nas últimas semanas...

Tive de calçar as galochas, e fazer-me aos pincéis.

Quase a ficar verde (também!), pois os dias de sol têm sido passados ao estirador!

Rrrrrrrrrrrrrr...

Hoje acordei assim..... é o que fazem poucas horas de sono, e muitas de trabalho fora de horas, com "algum" cansaço a sair pelos poros, ou neste caso, pelos pêlos (espinhos....rrrrrrrrrrr)!

Draw in meditation

Uma boa alternativa para quem fica na cidade. É no próximo domingo. 

Quem quer vir?

Aqui há sapo!

Uzinha #2

Benvinda, Princesa-Limão!

A Princesa-Ervilha transformou-se na Princesa-Limão!

Já mede cerca de 9 cm e pesa aproximadamente 40 gramas. Todas as suas estruturas básicas (internas e externas) estão formadas.

Agora é crescer!

Doces da Quinta

E finalmente aqui estão eles, os famosos Doces da Quinta! 

As especialidades são: 

-  doces para manhãs ensonadas;

-  doces para tardes preguiçosas;

-  doces para noites criativas.

Brevemente, numa mercearia perto de si.

Aceitam-se encomendas.

P.S: Algumas contra-indicações calóricas, mas melhorias substanciais no humor!

Rótulos

Personagens!

Estudos para uma personagem de um novo livro.

(Espero que este post sirva para contextualizar o anterior:-))

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzz...Siesta

Nada como uma ida à Quinta Pedagógica na hora do calor para se apanhar modelos cooperantes!

Mas como estava uma temperatura próxima do infernal, já não houve energia para retomar o desenho numa folha nova e terminá-lo.

Morcega

Myotis myotis

Porque cada vez mais os meus horários são de morcego, e os trabalhos e prazos ficam tal como na imagem...pendurados!... aguardo que o dia tenha mais horas! Ou que os longos dias de Verão cheguem depressa!

Lontra és tu!

O Aquário Vasco da Gama é um lugar lendário da minha infância. Esta semana tive a oportunidade de o revisitar, e aproveitei para fazer uns registos a lápis e aguada (que depois finalizei em casa).

Gostei especialmente de ver ao vivo uns míticos seres luzidios de serrilhas na boca, que dizem ter um apetite voraz e que gostam de confraternizar em grupo (!), e de 2 lontras brincalhonas que devem ser familiares da Ester Willians.

Não percebo porque é que quando se comem uns pasteis de nata a mais, lá se chamam as nossas amigas, mas também não creio que elas se importem muito com esses deslizes.

Esta jovial amiga serviu de pretexto para estrear uns pincéis novos.