Aventuras em acrílicos...

(Nonna Natale - Avó Natala)

Quando toda a gente está a ir para a praia ou para férias, e os grandes dilemas são entre um banho no mar, passar os olhos pelo jornal ou dormir a sesta, ando à volta de tintas (acrílicos desta vez!) e pincéis, com o tema... Natal! Com algum esforço, confesso, para mergulhar no assunto, que em termos de luz é apenas diametralmente oposto... tal como as respectivas estações!

Tudo se deve à participação numa exposição itinerante em Itália, que começará lá para o outono. O convite veio após a participação no workshop de técnica mista em ilustração infantil de Svjetlan Junaković, em Sarmede, em Itália, em 2007.

Recomendo a experiência para quem trabalha em ilustração infantil. Para além de Sarmede ser uma vila muito bonita que apela ao passeio, os workshops são muitos práticos e proveitosos.

E os mestres de uma qualidade e simpatia fora de série.

Curioso é que por altura do Natal, andarei de fato de banho e a sofrer de calor e das temperaturas dos trópicos!

La Fontaine mesmo aqui ao lado!

Este semana descobri mais um dos tesouros da nossa cidade alfacinha! Rumei à zona Este da cidade, conduzida por uma expert no espólio cultural lisboeta, para ver os azulejos das fábulas de La Fontaine, que se encontram no mosteiro de São Vicente de Fora (de fora: das muralhas da cidade), na Graça.

Estes azulejos, recuperados e restaurados por altura da Expo 98, foram produzidos por Jean- Baptiste Oudry no século XVIII, e traduzem a filosofia vigente na época. Foram feitos na Real Fábrica do Rato, onde hoje se almoça ou toma um café!

A exposição é um pequeno percurso pelos 38 painéis, repletos de metáforas e analogias. 

É interessantes ver como estas estórias com 200 e muitos anos, resgatadas de Esopo (século VI a. C.) e do romano Fedro (século I d. C.), permanecem tão actuais e de uma pertinência irrepreensível. 

Estórias cujo significado se vai revelando à medida que o tempo passa...

(A Raposa e o Bode)

A visita a estes painéis é um bom pretexto para vaguear sem horas marcadas por aquelas colinas da cidade, e por alguns lugares da infância, onde ainda se tinha tempo para ouvir histórias...

E subir ao terraço do mosteiro  para apreciar uma vista diferente da cidade...

Carpa á la carte

Uma ida a um restaurante chinês com um aquário na montra é uma enorme mais valia. Sobretudo, se o tempo de espera for longo, e se tivermos connosco alguns lápis e materiais riscadores.

Pouca-terra, muita terra!

Que dizer de um fim de semana passado a percorrer trilhos abandonados de caminhos de ferros com paisagens deslumbrantes a perder de vista, e passagem por túneis e pontes, que deixam o coração apertado?

Encostas de vinha à beira rio que dão lugar a fragas abruptas, sempre desenhadas pelo rio que se contorce a cada quilómetro.

Pelo caminho, apanham-se as primeiras amoras do ano e as figueiras lançam o seu aroma no ar. As amendoeiras carregadas de fruto vão indicando o caminho, enquanto se estabelece o jogo entre acompanhar a paisagem e controlar as traves de madeira dos carris sob os nossos pés.

O calor que se fez sentir ao longo dos 45 km percorridos (de Fregeneda - Espanha - até Pocinho, passando por Barca D'Alva) levou o grupo a boicotar o programa estabelecido e a improvisar 2 revigorantes banhos no rio, para alguma perplexidade do guia, que lá nos acompanhou satisfeito!

(Partida de Pocinho)

(Entre Pocinho e Barca D'Alva)

(Algures entre Fregeneda e a estação de Almendra)

A caçada fotográfica aos morcegos e grifos que nos sobrevoaram e ainda a travessia das pontes desdentadas tornaram o fds memorável e trouxeram ao de cimo o Indiana Jones de cada caminheiro participante!

(Algures entre Fregeneda e a estação de Almendra)

Entre La Fregeneda e Barca d'Alva estabelecem-se 17 km de linha, desactivada em 1985, que inclui cerca de 20 túneis e 13 pontes.

Esta magnifica obra de engenharia foi inaugurada em 1887, sendo construída em Espanha, mas planeada e executada por Portugal. A linha prolongava-se até La Fuente de San Esteban, numa extensão total de 77 Km, permitindo que as mercadorias provenientes de Espanha pudessem ser escoadas por mar, pela cidade do Porto.

Outros voos

Seguindo as dicas de um mestre desenhadeiro que aconselha 15 minutos por dia num jardim (qualquer), de preferência com pássaros (mas qual é o jardim que não tem pássaros??) para manter a mão rabiscante activa, o espírito limpo e a cabeça no lugar, rumei para os m2 mais verdes próximos de casa, na esperança de apanhar distraída a fauna e flora local.

Na medida em que a morfologia das aves passa por mim demasiado depressa para fazer um registo decente, fiquei-me por outros modelos que por lá também passeavam ou passavam as suas horas.

Muito diferente do que estava à espera de captar, mas sem dúvida, igualmente interessante!!

Outros voos, outras histórias...

A continuar...

Opuntia

(Ficus india)

Mais uma opuntia desenhada/pintada, desta vez sem flor, avistada no terraço da vizinha.

Viver é desenhar sem borracha!

Hoje tive o prazer de conhecer uma das figuras míticas do nosso panorama artístico.

Conheci a pessoa que ilustrou alguns dos meus livros de infância e que por isso enriqueceu o meu imaginário e tornou os meus dias de criança mais coloridos.

Uma senhora de 95 anos que mantém um sorriso maroto de criança, mas igualmente tímido e acolhedor, recebeu-nos entre livros e uma secretária, onde ainda se encontram lápis e pincéis e folhas de papel em branco.

E onde uma lapiseira ainda se atreve a sair do pote, para ensaiar uma dança num espaço vazio.

Vi uma lupa, cadernos, régua, mas curiosamente não vi nenhuma borracha.

Talvez por nesta fase da vida ter-se a sabedoria suficiente para saber que todos os traços são necessários e fazem sentido.

(Maria Keil)

Eles andam aí...

Uma pequena amostra do que andei a fazer nas últimas semanas...

Tive de calçar as galochas, e fazer-me aos pincéis.

Quase a ficar verde (também!), pois os dias de sol têm sido passados ao estirador!

Rrrrrrrrrrrrrr...

Hoje acordei assim..... é o que fazem poucas horas de sono, e muitas de trabalho fora de horas, com "algum" cansaço a sair pelos poros, ou neste caso, pelos pêlos (espinhos....rrrrrrrrrrr)!

Draw in meditation

Uma boa alternativa para quem fica na cidade. É no próximo domingo. 

Quem quer vir?

Aqui há sapo!

Uzinha #2

Benvinda, Princesa-Limão!

A Princesa-Ervilha transformou-se na Princesa-Limão!

Já mede cerca de 9 cm e pesa aproximadamente 40 gramas. Todas as suas estruturas básicas (internas e externas) estão formadas.

Agora é crescer!

Doces da Quinta

E finalmente aqui estão eles, os famosos Doces da Quinta! 

As especialidades são: 

-  doces para manhãs ensonadas;

-  doces para tardes preguiçosas;

-  doces para noites criativas.

Brevemente, numa mercearia perto de si.

Aceitam-se encomendas.

P.S: Algumas contra-indicações calóricas, mas melhorias substanciais no humor!

Rótulos

Personagens!

Estudos para uma personagem de um novo livro.

(Espero que este post sirva para contextualizar o anterior:-))

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzz...Siesta

Nada como uma ida à Quinta Pedagógica na hora do calor para se apanhar modelos cooperantes!

Mas como estava uma temperatura próxima do infernal, já não houve energia para retomar o desenho numa folha nova e terminá-lo.

Morcega

Myotis myotis

Porque cada vez mais os meus horários são de morcego, e os trabalhos e prazos ficam tal como na imagem...pendurados!... aguardo que o dia tenha mais horas! Ou que os longos dias de Verão cheguem depressa!

Lontra és tu!

O Aquário Vasco da Gama é um lugar lendário da minha infância. Esta semana tive a oportunidade de o revisitar, e aproveitei para fazer uns registos a lápis e aguada (que depois finalizei em casa).

Gostei especialmente de ver ao vivo uns míticos seres luzidios de serrilhas na boca, que dizem ter um apetite voraz e que gostam de confraternizar em grupo (!), e de 2 lontras brincalhonas que devem ser familiares da Ester Willians.

Não percebo porque é que quando se comem uns pasteis de nata a mais, lá se chamam as nossas amigas, mas também não creio que elas se importem muito com esses deslizes.

Esta jovial amiga serviu de pretexto para estrear uns pincéis novos.

As flores do parque

Aqui ficam algumas das flores que vimos, identificámos, chamámos nomes (!), desenhámos e levámos para casa depois do workshop. É que depois de tantas horas a fazerem-nos companhia, não as podíamos ali deixar ficar...

Formosa Ria

Que tal uma semana a desenhar em pleno parque natural, na Ria Formosa, com um tempo maravilhoso, e outros aficionados do desenho que sofrem tanto ou mais deste "fraquinho" pelos lápis e natureza?

Basicamente foi desenhar, desenhar, desenhar, umas refeições leves durante o dia (mas excelentes manjares ao jantar!), umas horas de pestana fechada para repor energia, e muito passeio pelo campo, de guia, binóculos e telescópio (quem os tinha - para mim, já fazem parte da lista das novas aquisições) com muita bicharada e vegetação para descobrir. Com experts em peixes, aves e répteis e cultura popular(!), foi um manancial de informação nova!!!

É sempre interessante ver as linguagens e os traços diferentes para a mesma realidade. Como cada um, no seu contexto, cria ou recria a realidade que nos envolve de um modo distinto e pessoal, e traz algo de novo. Como os estilos se tocam e contagiam, e como são fontes inesgotáveis de aprendizagem.

Como tudo o que é bom, passou a voar...

Que venha a próxima saída de campo...

Opuntia

Um passeio pelo Parque...

Vamos até à Serra da Arrábida passear os lápis e trazer o caderno cheio de desenhos das plantas, vegetação e bicharocos que encontrarmos por lá? Pode-se ver mais informações aqui.