Dezembro foi o mês de conhecer a Laurissilva. Rapariga rebelde, que veste os mais variados tons de verde, dona de uma beleza estrema, desconcertante (sobretudo para quem não for devidamente agasalhado), e dada a humores repentinos: ou nos deixa envoltos na mais cerrada neblina, ou sacode, voluntariosa, as suas indisposições deixando cobrir-se por um sol radioso que nos deixa boquiabertos com a beleza das suas árvores centenárias.
A floresta da Laurissilva na ilha da Madeira é assim: uma surpresa inesperada para os visitantes e turistas que se atrevem a deixar o conforto da costa solarenga e que, por entre trilhos e levadas, se permitem deambular pelas suas encostas e planaltos.
Da banda sonora deste cenário fazem parte o zumbir de um vento cortante, interrompido aqui e ali pelo balir das vacas e pelo piar tímido de alguns bis-bis.
Aqui ficam umas ilustrações inspiradas nesses dias.