Hoje tive o prazer de conhecer uma das figuras míticas do nosso
panorama artístico.
Conheci a pessoa que ilustrou alguns dos meus livros de infância e que por isso enriqueceu o meu imaginário e tornou os meus dias de criança mais coloridos.
Uma senhora de 95 anos que mantém um sorriso maroto de criança, mas igualmente tímido e acolhedor, recebeu-nos entre livros e uma secretária, onde ainda se encontram lápis e pincéis e folhas de papel em branco.
E onde uma lapiseira ainda se atreve a sair do pote, para ensaiar uma dança num espaço vazio.
Vi uma lupa, cadernos, régua, mas curiosamente não vi nenhuma borracha.
Talvez por nesta fase da vida ter-se a sabedoria suficiente para saber que todos os traços são necessários e fazem sentido.